-Olho os céus chorando-
Observando de minha janela
vejo as lágrimas frescas correrem pelas vielas...
Nem sei dizer se caem dos olhos das nuvens
límpidas e cheias de pureza...
Observando de minha janela
vejo as lágrimas frescas correrem pelas vielas...
Nem sei dizer se caem dos olhos das nuvens
límpidas e cheias de pureza...
Elevamos o nível de nossa parca natureza
e até as nuvens foram maculadas...
mas olhando as ruas enlameadas
Penso tanta coisa, e ao mesmo tempo penso nada!
E o juízo de meu espírito é minha poesia
Escorrendo no fio da calçada...
O que tenho a dizer nessa tarde fria de setembro?
Do bradar às margens do rio que morre... Nem me lembro!
O que tenho a dizer em poesia descuidada
antes que escorra para o bueiro e a sujeira seja revelada?
Nada...Nada...Nada... E mesmo versando
mesmo cantando, sou a alma de Orfeu calada!
Sim... É do silêncio que falo agora!
Silêncio que grita mais alto que trovão
E mais que as nuvens chora!
Silêncio de poeta
quieto, imóvel... Que seja preciosa, é pedra!
Silêncio dos ousados humanos
que não se intimidam com a mortalidade dos anos...
Quer ir até a mais distante estrela...
Em pensamentos, em sonhos, ou na cauda de um cometa!
Quer ir onde ninguém jamais esteve...
Em canção, em projeção, ou em um sideral foguete...
Silêncio de contento descontentamento
da revolta da morte mesmo sendo ela renascimento...
O que diz o silêncio pra mim?
Que tudo renasce para e pela dor do fim!
A flor
O homem
O amor
A felicidade
A liberdade...
E a vida não seria vida se fosse eterna e leve
A vida é bela por ser pesada e breve!
Breve nas muitas moradas da eternidade
Pois o que morre aqui renasce para outra realidade
O amor que se quebra aqui
no acolá se remonta vigoroso em verdade!
A flor que sucumbiu, pariu a ultima semente
e será na mesma terra novamente flor em nova primavera!
O ciclo interminável de tudo é o “pra sempre”
e esse "nada" só revela o que nos negaram os contos de fada...
- Para recomeçar tudo, seja o que for, sempre acaba!
Luana Dakhirdeva
e até as nuvens foram maculadas...
mas olhando as ruas enlameadas
Penso tanta coisa, e ao mesmo tempo penso nada!
E o juízo de meu espírito é minha poesia
Escorrendo no fio da calçada...
O que tenho a dizer nessa tarde fria de setembro?
Do bradar às margens do rio que morre... Nem me lembro!
O que tenho a dizer em poesia descuidada
antes que escorra para o bueiro e a sujeira seja revelada?
Nada...Nada...Nada... E mesmo versando
mesmo cantando, sou a alma de Orfeu calada!
Sim... É do silêncio que falo agora!
Silêncio que grita mais alto que trovão
E mais que as nuvens chora!
Silêncio de poeta
quieto, imóvel... Que seja preciosa, é pedra!
Silêncio dos ousados humanos
que não se intimidam com a mortalidade dos anos...
Quer ir até a mais distante estrela...
Em pensamentos, em sonhos, ou na cauda de um cometa!
Quer ir onde ninguém jamais esteve...
Em canção, em projeção, ou em um sideral foguete...
Silêncio de contento descontentamento
da revolta da morte mesmo sendo ela renascimento...
O que diz o silêncio pra mim?
Que tudo renasce para e pela dor do fim!
A flor
O homem
O amor
A felicidade
A liberdade...
E a vida não seria vida se fosse eterna e leve
A vida é bela por ser pesada e breve!
Breve nas muitas moradas da eternidade
Pois o que morre aqui renasce para outra realidade
O amor que se quebra aqui
no acolá se remonta vigoroso em verdade!
A flor que sucumbiu, pariu a ultima semente
e será na mesma terra novamente flor em nova primavera!
O ciclo interminável de tudo é o “pra sempre”
e esse "nada" só revela o que nos negaram os contos de fada...
- Para recomeçar tudo, seja o que for, sempre acaba!
Luana Dakhirdeva