Poeira à ventura

E tu efeito borboleta

Caos da perdição

Faz-me tua marioneta

Entorpece a dor do meu coração...

É que sou poeta;

E por isso sofro diariamente;

Tudo na humanidade me afeta;

O cosmos ocupa a minha mente...

Não poder tocar a alma;

Ou mesmo provocar uma tempestade sazonal;

Alarmando a minha fauna;

Vislumbra-se um barafuste essencial...

Se da poeira viemos;

E nela nos voltaremos a tornar;

Então sempre somos o que quisemos?

No entretanto do esvaimento da existência, nada há a adornar...

A história é uma mera jocosa linha orientadora;

Ainda que nos sirva de sustento emocional;

Enche-nos com matéria desoladora;

Pois a expectativa do que fomos, apenas nos deixa margem para um desígnio fatal...

Agora é o futuro a viajar desenfreado;

Que não nos dá boleia, nem tão pouco nos ensina os preceitos;

Ainda assim com um abraço dos meus entes queridos fico sossegado;

E como eu todos vós, humanos imperfeitos...