Rudeza
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Quem me dera saber-te ; doce poesia
que esconde as cantigas dentro do peito
ao escrevê-la meiga; enrendar-se- ia
aos meus dedos-grafite sem nenhum defeito
Ao pranto que me cabe; sutileza de lágrimas frias
ao recostar-me às tantas noites de agonia
ao querer-te mais que a mim mesma, irias
ter-me junto, como um encanto de alforria
Mas sou áspera e comungo na rudeza
meus mil enredos estarrecedores e rotos
desejando-te na cadência e no êxtase dessa realeza
cortando-me os veios e derramando-te nesse esboço
/Sinead O'Connor Nothing Compares/