Nas Profundezas Da Terra, O Novo Éden II

Caminhar faz notar sob ti

O ambiente contigo a interagir

A nudez me faz sentir

O frio, o calor

O vento e o seu amor

Eu pensava que não havia luzes aqui dentro

Você já viu cristais azuis a brilhar, mas tão grandes desse jeito?

Eles iluminam a caverna com a intensidade que eu cresço ao te ver assim

Não se vista, Sophie

Eles são bem frios

Mas pude aquecer-te por dentro

E ninguém tirará você de mim

Nós nos perdemos na cruzada

Não esquecemos por onde viemos

Mas voltar pelo mesmo caminho

Nunca ajuda em nada

Agora há apenas um caminho

Ele é longo sim, e há um mal

Existem coisas que podem impedi-la de chegar ao fim

São seus medos

O medo de não confiar em si

O medo de confiar em mim

A cada passo que damos

As paredes ficam mais quentes

Chegou a hora de nós corrermos

Mas não deixemos isso afetar nossas mente

Corríamos tão rápido pelas vias da caverna

Pois tínhamos medo de os cristais caírem em nós

Seria o fim da humanidade que restara

Sophie e eu

Tínhamos a responsabilidade de continuar

Continuar com o que quisemos destruir

E agora estávamos perdidos do lado de dentro

Mas quando o calor já se tornava insuportável

Corremos pelo nosso último túnel

E no horizonte circular vimos a luz final

Intensamente vermelha e amarela

Com sorte pude frear

Antes que caísse no mar de magma

Sophie não teve minha sorte

A queda era extremamente enorme

Eu nem sequer pude dizer um adeus

Mas minhas lágrimas caíram tão pesadas

Que puderam alcançá-la

Antes que o infernal magma de basalto abraçasse seu corpo

Fazendo com que nem seus ossos restassem

O choro embaçou minha vista

Mal pude ver seu rosto pela última vez

Eu sabia que estava triste

Não mais do que minha mente

Ela quase não conseguiu resistir

Enfim consegui escapar

Mas meu coração ficou lá

Por tempos meu novo paraíso

Era o antigo inferno

A cura foi lenta

E agora seria eu

Somente eu e o mundo

O que fazer sozinho no mundo até a minha morte?

Eu sobrevivi ao fim do mundo

E agora teria que esperar o meu fim sozinho

Antes que eu pudesse pensar em uma resposta

Em minha cabeça caiu uma corda, que me fez sair dali

Eu fugi do paraíso

Eu troquei o Éden pela Terra

Só pra poder viver com quem era igual a mim

Talvez o que explica minhas fugas é o medo de ficar só

Meus medos sempre me levam a um lugar pior

Mas entre a paz e o caos, qual é mesmo o melhor?

Estes pensamentos me banhavam enquanto meus braços subiam

Quando cheguei à superfície

Quis pessoas pra abraçar

Porém não sabia que aliens existiam

02/07/2015

Marcus Mota
Enviado por Marcus Mota em 22/08/2015
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