Poesia Pagã
Enquanto elas dançam,
flores da terra
notívagas
adoradoras lunares,
circundam o fogo
entoam canções da alma,
grito outrora queimado.
No transe das chamas
faíscam lembranças
dores do último suspiro.
Agora
a roda
O tempo
que já é outro
o santo, o profano
E o todo.
O corpo por ora,
só dança
a alma
gargalha
não vinga,
se cobra
contorce sem dor.
O movimento,
extensão coreográfica da alma,
desenha o que é livre
inverso no agora.
o fogo do corpo
a consumir o outro.