NUVENS BRANCAS
Viajo pelas nuvens brancas
Entro na bruma da memória
Sou história inacabada e só
Que paira no céu sem voz
Nas rotas largas e francas
Quando subo sou albatroz
Ao descer pareço uma águia
Feroz contumaz e sem dó
Ao sobrevoar a nossa terra
Sinto uma tontura dormente
Dos lapsos do amor sem paz
Isso mantém-me pairante
Distante ausente e além
Queria subir muito acima
Olhar o mundo todo branco
Descolorido como um mangue
Sem migalhas e restos de sangue