Destilando o álcool que corre em minhas veias
Destilando o álcool que corre em minhas veias
Que estupra os meus sentidos,
Que me faz efetivamente eu;
E que liberta meus sentimentos mais primitivos.
Mata-me de tanto viver
Fazendo-me mais intenso,
Acalenta o meu sofrer
Calando meus pensamentos.
Traz-me um tolo sorriso aos lábios
Embrutecendo-me os olhos,
Ora dantes psicodelicamente concretos,
Hoje incisivamente abstratos.
Destilando o álcool que corre em minhas veias
Que entorpece minha alma perecível,
Que dilui e esquenta meu sangue,
Que dá aroma e gosto a meu suor,
E que me deixa cada vez mais insensível.
18/06/07