Ao poema post mortem

***

(...)

que necessidade se distende

e me dirige

ao engendrar as palavras

como se a morte

fosse capturá-las a contento?

então invento e sustento

antes do verbo tecer a carne

_ e que me toque o espasmo

pelos dedos que discorrem _

ao que livre e solta

faz-me a escrita:

pois algum dia eu sei que se morre

mas que fica eterna a essência.

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 23/07/2015
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