Liberdade cultivada

Vê?

A sombra, menino,

Esse ninho de fazer nada

Deitado sob meu pé de liberdade?

Faz teeeempo,

Plantei um raminho...

Coisinha de nada!

E pinguei água,

Pinguei água...

Raiz dele rasgou o chão!

Vê?

O fruto, menino,

Esse alimento de alma

Comido do bico do passarinho?

Faz hooora cresceu no pé,

Orvalhado na madrugada,

Senti,

Senti...

Gosto dele adoçou a estrada.

Vê, menino?

Liberdade, uma vez é plantada,

E colhe,

Colhe,

Colhe...

Mais nada!