Sepultando morte
Hoje sepultei a morte.
Fiz-lhe um crisântemo colorido
Escavei a sua cova
Em terra quente, terra firme,
Preparei um enterro simples,
Sem cerimônia,
Com carinho,
Trouxe o seu corpo flácido,
Cansado de tanto matar,
De tanto morrer,
De morte sem fim, afim,
De morte demais, uma morte mais,
Da Morte que suspirou
E foi.
Fiquei na saudade.
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O grande mestre Jacó Filho enriqueceu a minha página com uma sábia quadra:
Entre dimensões, o portal,
Que a todo mundo assusta...
A morte é uma via justa,
Entre o físico e o astral...
Obrigado, amigo!
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Tony Bahia, alma e arte, poeta e amigo, embelece a paisagem com a sua sensibilidade lírica:
E teu corpo, já morto!
Jazido entre covas e jardins...
O teu corpo
Que foi enlace no meu corpo
Hoje jaz
Numa cova rasa
Gritando entre as valas
Nos confins
Meu nome.