Tempestade n'alma,ventos uivantes!
Dor dilacerando as asas encharcadas de sangue.
Garras frias arrancando o coração estuante!
O vento corta a negra e cruenta imensidão!
Profundo lamento rasgando os céus,
Relâmpagos tingidos no sangue da paixão!
Sou lua de sangue!
Diante de um sol posto
Desfaz-se a face do que
Ficou rosto a rosto!
Desalinharam-se os anéis
De saturno!
O mar furioso vergasta
O cais!
Avalanche em netuno !
Fim do eclipse
Sou lua de sangue!
Último acorde
Rasgou-se o verso
Universo em desalinho
O sol afundou no mangue!