Tempestade n'alma,ventos uivantes!
Dor dilacerando as asas encharcadas de sangue.
Garras frias arrancando o coração estuante!
O vento corta a negra e cruenta imensidão!
Profundo lamento rasgando os céus,
Relâmpagos tingidos no sangue da paixão!

Sou lua de sangue!

Diante de um sol posto

Desfaz-se a face do que

Ficou rosto a rosto!

Desalinharam-se os anéis

De saturno!

O mar furioso vergasta

O cais!

Avalanche em netuno !

Fim do eclipse

Sou lua de sangue!

Último acorde

Rasgou-se o verso

Universo em desalinho

O sol afundou no mangue!


 

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 24/06/2015
Reeditado em 20/04/2022
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