O RUÍDO DO SILÊNCIO
Ouço ruídos no teu silêncio
Uma voz que agora se cala
Sinto-te só na tristeza rala
Prostrada e caída num poço
Água suja densa e estagnada
Humedecendo a tua entrada
Criando musgos sem esboço
Paredes estéreis e sem nada
Sem permitir os raios de luz
Conduzem o sol à tua morada
Aquecem-te os pés numa cruz
Deixam-me sozinho sem fala
Morto sem a fé que me conduz