Essência da Vida
O que é a morte senão extensão da vida?
Em campos belos de lírios tristes
A água corre, fresca qual brisa
Vida, que vida?
Espera-se apenas o momento da partida.
Dor que nos aguarda, perigo que nos cerca
As mesmas flores no jardim da sobrevida
Perambulando através do nada
Onde a essência se desencontra
O tempo transcorre arrastado
O eterno jamais chegará
E o fim há de regressar
Somente para lembrar-te
Que a vida quase sempre é bela
Não derruba quem se alia a ela
Com essa entidade se faz um pacto
de fidelidade perpétua
A fim de rumar ao perecimento redentor
Sem dor, horror ou rancor
Repleto de contentamento, compreensão e amor!