Não há lugar
Não há mais tempo,nem esperas.
Nem virgulas , e nem hiatos.
Na minha boca, os segundos
se fizeram em séculos,
nesta marcha indiferente
às estações de quem espera.
As paradas,estão suspensas.
Pontos de baldeação lotados.
Máquinas desabastecidas.
Enferrujadas ,entravadas.
Os caminhos sem trilhos
sem atritos, sem um brilho.
As linhas cruzadas, trançadas
enoveladas , escondidas.
Os passos entorpecidos
sem chão para pisar.
E o agora se deslocou de mim
fez-me em dissonância…sem fim..