Não há lugar

Não há mais tempo,nem esperas.

Nem virgulas , e nem hiatos.

Na minha boca, os segundos

se fizeram em séculos,

nesta marcha indiferente

às estações de quem espera.

As paradas,estão suspensas.

Pontos de baldeação lotados.

Máquinas desabastecidas.

Enferrujadas ,entravadas.

Os caminhos sem trilhos

sem atritos, sem um brilho.

As linhas cruzadas, trançadas

enoveladas , escondidas.

Os passos entorpecidos

sem chão para pisar.

E o agora se deslocou de mim

fez-me em dissonância…sem fim..

NEIDE VILLAR
Enviado por NEIDE VILLAR em 18/06/2015
Reeditado em 18/06/2015
Código do texto: T5280917
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