A poesia solta no vento
E vai nascendo a poesia abstrata e oca
Plena e absoluta
Intocável como o sentimento
Impalpável como um corpo frio.
Gás, plasma e vento...
Inatingível como os paredões do céu
Abstrata, sim
Espiritual e plasmática
Bem imaterial
A poesia empoeirada e esquecida
No fundo da gaveta, da garganta.
Quando despertada
É livre e espontânea
Despreocupada e solta
Não deixa marcas por onde passa
Poesia de alma lavada
Sem destinatário, sem tempo
Que apenas se deixa tocar
Recebe um afago
E é logo libertada
Alça voo.
Levita.
Beijo a todos!