Alma e Pescador
Eis que enviarei muitos pescadores,
diz o Senhor, os quais os pescarão;
Jer. [16: 16]
A alma escapa
Por entre sombras libidinosas
Por trilhas turvas de vaporosas
A alma escapa...
Na vaga fria
No barco inerme
Na entranha enorme
Dos intestinos (ao som dos sinos)
A alma escapa
No fim da escada
No morno linho
No desalinho dos popelines...
(............)
Fluída Cruz
A quem venera no Fero mar?
Por qual vereda vai esquivar?
...Súplica vã do Pescador.
A alma vai!...
Não vá!... Retêm-te
Na câmara. A semente
Clama a fazer-se em ti.
Não vá!... Ruge o Leão
No verde dos lençóis;
Acordam barcos e os anzóis
Procuram filhos n’Amplidão!...
Caça o Leão
Na profundeza. Nos vergéis
Alma na Rocha se entrelaça
Adelga-se a fumaça
E casam-se os Anéis
Nas aras dos vergéis...
Retraem-se os vórtices
Da sombra e essa Cruz
Não mais o Carbonífero seduz.
...Não mais Seol
Não mais do Rol
A alma escapa.
SGV. (29/07/2003)
Eis que enviarei muitos pescadores,
diz o Senhor, os quais os pescarão;
Jer. [16: 16]
A alma escapa
Por entre sombras libidinosas
Por trilhas turvas de vaporosas
A alma escapa...
Na vaga fria
No barco inerme
Na entranha enorme
Dos intestinos (ao som dos sinos)
A alma escapa
No fim da escada
No morno linho
No desalinho dos popelines...
(............)
Fluída Cruz
A quem venera no Fero mar?
Por qual vereda vai esquivar?
...Súplica vã do Pescador.
A alma vai!...
Não vá!... Retêm-te
Na câmara. A semente
Clama a fazer-se em ti.
Não vá!... Ruge o Leão
No verde dos lençóis;
Acordam barcos e os anzóis
Procuram filhos n’Amplidão!...
Caça o Leão
Na profundeza. Nos vergéis
Alma na Rocha se entrelaça
Adelga-se a fumaça
E casam-se os Anéis
Nas aras dos vergéis...
Retraem-se os vórtices
Da sombra e essa Cruz
Não mais o Carbonífero seduz.
...Não mais Seol
Não mais do Rol
A alma escapa.
SGV. (29/07/2003)