PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO
 
Lá onde ficou a doce inocência da gente
ficou também um sonho lindo de nós dois
um amor calmo e, como a gente, inocente
que acreditávamos vivê-lo ali e no depois
 
Mas o tempo passa como a fumaça
e leva junto dele os sonhos da gente
deixando uma lembrança daquilo que não passa
a suavidade que tinha aquele sonho adolescente
 
E quando eu preciso de  leveza, paz e serenidade
afrouxo a mente e dou um pulo no passado
lá eu encontro  intacta a minha felicidade
como se ali o tempo tivesse parado
 
Porque os sonhos da gente nunca morrem
eles apenas mudam de lugar e companhia
e se ao recordar lágrimas ainda escorrem
significa que eu fui feliz onde e com quem  queria

 

Célia Jardim 

 

 

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 26/04/2015
Reeditado em 22/02/2023
Código do texto: T5221328
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