ESTÁTUA SEM VIDA

Já vens talhada

Não posso mais te moldar

Ou te aceito como és

Ou te descarto por não te amar

No entanto posso mudar tuas cores

E com pinceis e um pouco de tinta

Dou novos coloridos à tua face

Coloco cores em teus cabelos

Ainda ásperas estão tuas pernas

Por teus braços passo verniz

Dou um retoque em teus lábios

Passo tinta no nariz

Tento descobrir teu coração

Escondido por entre uma camada de gesso

Escondo completamente tua pele

Sem poder usar o vermelho

Sopro ar sobre tua cabeça

Tentando dar um pouco mais de vida

Mas a estátua continua parada

Sob a tinta escorrida

Somente o sol pode te dar um pouco de brilho

Vejo um sorriso escondido pelas tintas

Bate o vento cai a estátua

Em mil pedaços no chão partida...

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18.04.15

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 18/04/2015
Código do texto: T5211673
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