NAU À DERIVA

Nau à deriva

Rota sem rumo

Prumo sem esquiva

Barcaça sem a frota

Águas cálidas e paradas

Cheiro de nafta e a crude

Palidez sem sol e atitude

Ranger de madeiras grogues

Que se espreguiçam e riem

Por piedade não me afogues

Peregrina sem eira nem beira

Levada no tropeço da corrente

Flutuo dormente e consternada

Sou sentinela do meu presente

Durmo na bruma do meu nada

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 17/04/2015
Reeditado em 17/04/2015
Código do texto: T5210798
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