Acotoa-me, no Silêncio .

Senhor, acotoa-me, no silêncio,

Nestes campos de peregrinações

No encontrar de minha paz estridente,

Neste paraíso seco de trepadeiras?

Aos pulos de uma abelha ferroada;

Entre, os chãos, vou na esperança!

Em horizonte que o sol se põe chorando,

Ao lado das montanhas escuras;

O lavrar da tempestade em minha alma!

No golpe ao recinto de suas verdades.

No sobrevoar, deste redor em mundo.

Nas ocas de grutas feridas?

O golpe na dor em folhas de cristais;

Pelo ar caído de minha constelação,

Neste verbo dito de minhas entranhas,

O sangue de minhas veias choram!

No tardar pelas gotas em redemoinhos.

Oh senhor, percorro seus olhos,

Nesta noite densa de um beija-flor,

Em discreto perambulo da alma,

Recai o espírito da paineira,

Nos gritos da espada gêmea,

Em flores que curam tantas dores.

Oh senhor, encontrai-me aludido?

Na esperança da vida vindoura!

Oh Senhor, reza-te minhas orações.

O dizer de tantas súplicas declamantes,

Donde verás? Toda minha igualdade;

Silencias, os mares, destes meus sais.

Onde velejam o gosto do meu pranto!

Nestes declames absolutos, ofertados.

Nas horas que lhe peço carinhos,

Oh meu Pai!Voltas no meu caminhar?

Onde sereis, seu pássaro brilhante.

Como escapar do tempo descrente?

Sobre as feições do anjo negro,

Perseguindo a genoa do beijo incerto.

És tu;A grandeza dos corpos.

Absolvas meus dias, em tua jornada!

No colar dos teus dedos anelares?

Ao toque do mundo insensato,

Senhor em horas, me abandona!

Em rosas nos perfumes das romãs.

Descreve-me o suor das ovelhas.

Nas penas de um cisne meu fardo!

Onde estou nos campos floridos,

Pela rocha do chão em asas de solidão?

Traga-me uma vez nesta linha discreta,

O exclamar da vida esperneada.

Pela anária de uma juventude?

Em teus seios o poder de decifrar-me,

O ponto de toda minha existência!

Neste estertor de um pirilampo caído?

Lá, estará o punhal, em nuvens fartas.

Neste envolto das ilusões meu vaguear,

Choram de horas intensas no amanhã,

Frente, aos teus perfumes nos azeites,

Se onde, eu o amei, foi o meu caminho feito?

Ceifas, minha alma por toda, a liberdade.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 16/04/2015
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