Harpa Lírica.

Harpa Lírica, do teu canto sorrateiro!

Tenha amálgama, oh selvagem anoitecer.

Pinho, pousaste ali de bela tocada!

Flor linda caída da esperança nua,

singela ao facho cocho da rapina.

Acordas truculenta ao ter esta prisão?

Soberba, tuas penas feridas salgadas.

Condenada, pelas mãos sujas escamadas!

Ardendo desespera aos gritos doados;

tinta alenta de cor infundada das flores.

Florestas és teu ninho protegido favorecido

Flutuando das grades que reténs teu saber

Sonora, não escutais tua só solidão;

Desfaleça aos rios sem pudores almejados

Lua lua bela tu não desdéns com amor?

Aprisionada, da fome de desculpas oferecidas.

Enclausuram teus sonhos sem adormecer-te

Na vindoura, luz refletida da esmeralda brilhante.

Enobrece o canto riso das fieiras quebradas

do teu gemer singular ao Deus da Natureza

Libertando tu'alma ao se espalmar, vossa mão?

Ao teu lamento, sofrido das manhãs em cantos,

tempestuas saudades ao viver teu Sonho Liberto.

Teus sonhos acolhes enxurradas sem risos

em atentar cantos lírico da paz.

Oh vísceras vinhas que consumistes

finda-te resmungando quem a assolou?

De tua paz sem castigos.

Teus pousos suaves serenos te protegem

Viva reinante nos céus azuis das tardes...

bendita figueira de teus pés descalços,

ao condenar-te da prata vindoura

que pestana em ti, somente valores.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 31/03/2015
Reeditado em 16/11/2024
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