Harpa Lírica.
Harpa Lírica, do teu canto sorrateiro!
Tenha amálgama, oh selvagem anoitecer.
Pinho, pousaste ali de bela tocada!
Flor linda caída da esperança nua,
singela ao facho cocho da rapina.
Acordas truculenta ao ter esta prisão?
Soberba, tuas penas feridas salgadas.
Condenada, pelas mãos sujas escamadas!
Ardendo desespera aos gritos doados;
tinta alenta de cor infundada das flores.
Florestas és teu ninho protegido favorecido
Flutuando das grades que reténs teu saber
Sonora, não escutais tua só solidão;
Desfaleça aos rios sem pudores almejados
Lua lua bela tu não desdéns com amor?
Aprisionada, da fome de desculpas oferecidas.
Enclausuram teus sonhos sem adormecer-te
Na vindoura, luz refletida da esmeralda brilhante.
Enobrece o canto riso das fieiras quebradas
do teu gemer singular ao Deus da Natureza
Libertando tu'alma ao se espalmar, vossa mão?
Ao teu lamento, sofrido das manhãs em cantos,
tempestuas saudades ao viver teu Sonho Liberto.
Teus sonhos acolhes enxurradas sem risos
em atentar cantos lírico da paz.
Oh vísceras vinhas que consumistes
finda-te resmungando quem a assolou?
De tua paz sem castigos.
Teus pousos suaves serenos te protegem
Viva reinante nos céus azuis das tardes...
bendita figueira de teus pés descalços,
ao condenar-te da prata vindoura
que pestana em ti, somente valores.