SEXTA-FEIRA SANTA
A aragem cicia confidências
Na tarde muda de espanto
E vozes penitentes como num pranto,
Murmuram o Santo nome de Jesus.
E uma ignara interrogação
Fere as fronteiras da razão:
Por quê?
E como metal de sino, ferido,
Reverberam em meus ouvidos
Sentenças sem sentido:
-Foi por causa da ordem quebrada
Uma voz em meus ouvidos brada;
Portanto,
Tudo tem que ser perfeito e,
Santo...
Deus fez-se homem como nós,
Carne, sangue, coração;
E para nos redimir do pecado
Quis morrer crucificado.
Bom Jesus, para sempre sejas louvado,
Bendita seja tua santa paixão.