Rumo àquela Glória

Essa Alma derramada...

Esparramada pelo mundo,

Na senda, até que aprenda,

Até que um dia ascenda,

À Glória celestial...

E, que não seja um Continuum,

Como prega a lenda,

Indo e vindo, sem sentido,

Mas pare; pairando em algum lugar...

Se, um dia na Glória,

Um Anjo puder explicar,

E ao deus justificar;

Pela inexplicável tortura,

Pela falta de fartura,

Pela dor da Criança,

Pela falta de Esperança,

Nessa Vida, nessa dança...

Por tanta desconjuntura!

Aí falarei francamente,

Ao Anjo porta-voz,

Que no passado recente,

Vi e vivi dor atroz!

Que ele se explique...

Porquê dessa sanha, insana,

Desse gosto por tragédia; voraz!

Embora, nada justifique,

Fazer a gente chorar...

Com a Alma derramando,

Alguns risos, muitos prantos,

Vai-se vivendo...

Talvez, pouco aprendendo,

Ainda assim, ascendendo;

À inexorável Glória celestial...

Allba Ayko
Enviado por Allba Ayko em 21/03/2015
Reeditado em 04/05/2015
Código do texto: T5178432
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