Recônditos

A mão, a agulha,

o fio que vai e vem.

Não se tece um sonho da alma

no mundo do que se tem.

No mundo do que se é

costura-se o invisível

num sonho divinizado

que da à vida, seu sentido.

Quando chegar a hora

de sonhar o último linho,

que ele se desfie na aurora

como varal pros passarinhos.