A COR DO VESTIDO - O choro da Terra
Eu... Que venho bailando na imensidão inóspita
Entre pedras e diversas esferas...
Sigo e rodopio na regência da magnitude dourada
Dança Eu e minha filha de Prata em meio ao tudo e o nada!
Eu, que não paro essa valsa, pergunto aos filhos de meu útero
que cor tenho?
Para quem me vê de longe, sou a beleza azulada
O berço esplêndido de afortunadas almas
Linda...Misteriosa e calma...
Quem caminha em minhas planícies, em meus vales....
Quem me vê dos desertos, rios e mares
Diz que sou azul na bonança, cinza na tempestade
púrpura quando chega a tarde
e negra quando o sol me ilumina a outra metade!
Ah! Mas Eu sou um prisma de muitos tons
Já fui calma, mas sou hoje cheia de dores
Os filhos de minha grei são diversos
em tudo e em cores
Brancos
Pretos
vermelhos
Amarelos
E pela beleza da diversidade me tingem de vermelho
junto aos rostos infantes, pálidos e famélicos
E Eu...Que não paro a dança da vida, não sei que cor eu tenho!
Minhas águas tornaram-se negras e poluídas
Minhas frondosas florestas, hoje caídas, trás a cor do árido!
Dos vales mais sagrados verte o púrpuro sangue macabro
E os homens, em falange, rasgam-me em partes rosa carne!
O negro do luto caminha ao som das ladainhas
tantas mães (como eu) sofrem suas tristes sinas
Nem orar com elas eu posso...
Apenas recebo, amorosa, o corpo de seus filhos mortos
pela maldade, a lamina e a pólvora...
Enquanto isso
De Jesus â Oxalá
De Maria à Alá
Todos estão reduzidos na disputa onde matar sobrepuja amar!
-Meu Criador!
Tenho para ti alguma cor que posso distinguir?
Meu Criador, nessa gama de cores que ninguém pode ver
há alguma cor em mim que te anima?
Algo além de tantos tons de cinza?
Minha cor é uma gota salgada e Cristalina
Um choro de pena e dor
Mas, não cesso minha dança mesmo ouvindo os soluços de meu Criador!
-Tenha piedade de Pachamama, Senhor!
Eu... Que venho bailando na imensidão inóspita
Entre pedras e diversas esferas...
Sigo e rodopio na regência da magnitude dourada
Dança Eu e minha filha de Prata em meio ao tudo e o nada!
Eu, que não paro essa valsa, pergunto aos filhos de meu útero
que cor tenho?
Para quem me vê de longe, sou a beleza azulada
O berço esplêndido de afortunadas almas
Linda...Misteriosa e calma...
Quem caminha em minhas planícies, em meus vales....
Quem me vê dos desertos, rios e mares
Diz que sou azul na bonança, cinza na tempestade
púrpura quando chega a tarde
e negra quando o sol me ilumina a outra metade!
Ah! Mas Eu sou um prisma de muitos tons
Já fui calma, mas sou hoje cheia de dores
Os filhos de minha grei são diversos
em tudo e em cores
Brancos
Pretos
vermelhos
Amarelos
E pela beleza da diversidade me tingem de vermelho
junto aos rostos infantes, pálidos e famélicos
E Eu...Que não paro a dança da vida, não sei que cor eu tenho!
Minhas águas tornaram-se negras e poluídas
Minhas frondosas florestas, hoje caídas, trás a cor do árido!
Dos vales mais sagrados verte o púrpuro sangue macabro
E os homens, em falange, rasgam-me em partes rosa carne!
O negro do luto caminha ao som das ladainhas
tantas mães (como eu) sofrem suas tristes sinas
Nem orar com elas eu posso...
Apenas recebo, amorosa, o corpo de seus filhos mortos
pela maldade, a lamina e a pólvora...
Enquanto isso
De Jesus â Oxalá
De Maria à Alá
Todos estão reduzidos na disputa onde matar sobrepuja amar!
-Meu Criador!
Tenho para ti alguma cor que posso distinguir?
Meu Criador, nessa gama de cores que ninguém pode ver
há alguma cor em mim que te anima?
Algo além de tantos tons de cinza?
Minha cor é uma gota salgada e Cristalina
Um choro de pena e dor
Mas, não cesso minha dança mesmo ouvindo os soluços de meu Criador!
-Tenha piedade de Pachamama, Senhor!