Eterna espera...

Cerro os olhos e reflito

que posso me esconder,

que meus olhos podem escolher

pra onde eu quero observar,

e acredito poder procurar

destinos pra seguir.

Cerro a porta e sinto

que tenho onde morar,

que em minha morada

as grades irão me conter

e acredito poder ficar

seguro sem me ferir.

Ando pelo mundo

querendo ter

o que não deveria carregar

e vou acreditando me faltar

o que seria inútil prosseguir

e que nunca poderia levar.

Abro os olhos e penso

que não me iludo ao tomar

os teus olhos como os meus

como se os meus,

já não fossem os teus.

Como se o chão que tento culpar

não fosse um dia, me hospedar.

Ângela Sipolatti
Enviado por Ângela Sipolatti em 21/02/2015
Código do texto: T5145340
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