Eterna espera...
Cerro os olhos e reflito
que posso me esconder,
que meus olhos podem escolher
pra onde eu quero observar,
e acredito poder procurar
destinos pra seguir.
Cerro a porta e sinto
que tenho onde morar,
que em minha morada
as grades irão me conter
e acredito poder ficar
seguro sem me ferir.
Ando pelo mundo
querendo ter
o que não deveria carregar
e vou acreditando me faltar
o que seria inútil prosseguir
e que nunca poderia levar.
Abro os olhos e penso
que não me iludo ao tomar
os teus olhos como os meus
como se os meus,
já não fossem os teus.
Como se o chão que tento culpar
não fosse um dia, me hospedar.