Transcendência
Dança a pequena em um círculo de cores
Gira os seus laços sem parar
E sem parar corre o mundo podre e vencido
Cai em desespero na medida em que o mundo cai sobre si
Chove lembranças, múltiplas gotas de lágrimas amargas
Tapas e pedras, rostos e pés
O despertar de um pesadelo não quer acontecer
Então a dança que não cansa
Enrola-se em seus laços e nós
Rasga ‘impensavelmente’ a pele de quem não é
Revida...
E de pronto
Manda a bronca
Flores e folhas verdes estão lá na praça
Aqui?
Só paredes imaginárias
Criadas para aprisionar-se
Na vingança do que não foi bom