ENTREATO
(Por Aglaure Martins)
De tudo que foi vivido
há algo vago que vaga no vácuo
um impulso hora em clausura
um tudo ou nada perdido
um beijo amordaçado sustenido.
Há horas rotas (boca que cala)
peito que fecha o curso da flecha
silêncio que não abala
risos disfarçados sem cuidado
entre palavras mudas.
Nada muda nem altera a direção
segue a rota o rio
desembocam afluentes
flui a imaginação ( mente em rebuliço)
e rio de mim, assim, simplesmente.
Tão simples entender entrelinhas
na linha do horizonte (meus olhos)
olhos de lince que miram estrelas
entreato: Abrem-se as cortinas
novamente o palco... Vazio.
Vasto universo (meus versos)
meus dedos ainda contam histórias
deitam letras no pergaminho
saboreiam rimas, lambem palavras...
Ah... eles também leem braile.
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JP29012015