CUMPLICIDADE

Certo dia incerto,

Caminhava, num caminho de flores:

O homem que se dava a terra,

Havia o ar, havia o perfume.

Que se davam ao dia,

Havia o ardor do amor,

Do um pelo outro

Amor de mulher!

Seiva de flores castas e águas puras.

Mulher nua das vaidades,

Vestida de comunhão,

Havia o farfalhar das asas dos pássaros

Havia a eternidade, sorrindo no horizonte.

Não havia tempos, todos estavam mortos.

Havia ternura sem palavras

Havia cantos sóbrios de sabiás,

E que saibam os cantores;

Sabiá não é pássaro!

É encanto de saudades cantatas!

Havia o silencio desenhando caminhos

Despetalando ipês roxos.

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 22/01/2015
Reeditado em 05/07/2016
Código do texto: T5110480
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