TRANSCENDENTE INVENTO
Adormeci, entre os meus sentimentos
Meus despreciosos rubis...
E esqueci, meus finais pensamentos
Nos derradeiros fuzis...
Quando em sonho, então me encontrei
Ao libertado momento...
No esquecimento do véu, recordei
No transcendente invento...
Os nossos sonhos, são asas em pares
Vem livremente das mentes...
E os sonos são correntezas de ares
De vários continentes...
Apocalipses, nos sonhos do bem
É sol em nuvens de algodão...
Os pesadelos são noites que vêm
Eclipsadas à escuridão...
Em tal mergulho no esquife de carne
Da superfície aprofundo...
No ápice vôo em que a alma escarne
Eu distancio-me do mundo...
Com os olhos de dentro, eu vejo fora
De alma símile ao condor...
No vertical horizonte da aurora
No amanhecer reencontro o amor...
Autor: André Pinheiro
05/12/2014