O cálice

Em meio ao teu chamado encarnado

Minha carne vibra ao som do jazz.

Ao toque sensual de teu riso suave

Minha alma desfalece saudades.

E quando teu ar ofegante me chama

minh'alma sangrando a teus pés clama.

Tua presença em mim é a chama

ardente do amor que tudo padece.

Anjo de minha vida,

dos afagos desmedidos,

segure a minha mão

em sua mão trêmula,

em teu coração de menino

em teus braços de gigante...

Pegue-me ao colo

como no frio de Julho

neste e noutros mundos.

Aceita-me como tua

madalena sem pecados...

Não emudeça se o telefone tocar

pois será a melhor parte de mim

que saiu nua por teu cálice ansiar.

Rosidelma Fraga (Série de Poemas Amorosos)
Enviado por Rosidelma Fraga (Série de Poemas Amorosos) em 17/12/2014
Reeditado em 17/12/2014
Código do texto: T5072088
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