O cálice
Em meio ao teu chamado encarnado
Minha carne vibra ao som do jazz.
Ao toque sensual de teu riso suave
Minha alma desfalece saudades.
E quando teu ar ofegante me chama
minh'alma sangrando a teus pés clama.
Tua presença em mim é a chama
ardente do amor que tudo padece.
Anjo de minha vida,
dos afagos desmedidos,
segure a minha mão
em sua mão trêmula,
em teu coração de menino
em teus braços de gigante...
Pegue-me ao colo
como no frio de Julho
neste e noutros mundos.
Aceita-me como tua
madalena sem pecados...
Não emudeça se o telefone tocar
pois será a melhor parte de mim
que saiu nua por teu cálice ansiar.