Absintático
De teus quintais contemplo o Sete-estrelo
e é à sombra dele que minha sombra esmola
Mesmo converso o meu juízo em alosna
persigo o Órion, Amós, em teus conselhos.
Dispo os meus olhos a todo aquele encanto
e nesta plêiade amanheço-me, eclipse
noutrora, em vida, nasço ao apocalipse
pro anoitecer no universo com espantos...
Oh, Alnitak! Oh, Alnilam, Mintaka!
Quais são os mistérios dessas oficinas?
Injeteis fogo em minha vida, luz fraca.
No éter infinito onde não há esquinas
sois monastério onde a minha fé se aplaca
e é essa, em curva, sempre a tua inquilina...
Beto Acioli
04/12/2014