Destino

A ira me consome na febre desse tempo

À noite, onde a lua paira sobre mim

E tento atravessá-la nesse novembro

Atenta na fugacidade de luz nanquim

Ateio-me ao fogo, viro Joana D'Arc

Num íntimo desespero, num átimo

E sigo nua em pelo, ressalvo dark

E canto o gótico, e grito lenta, num ínfimo

E vicejo a tua sorte, que vás! Que ames!

E que não lampeje o trovão, santa Bárbara!

Que o véu sacro, limpe o seu céu, ande!

E se chover, que me molhe, me lave _ ave rara_

E teimo enlouquecida, nessas águas

Contraio o espelho e sigo na sorte

De escorrer meus horizontes, ao pé da Iara

Que já nem sei onde encontro o consorte

Então guardo o meu punhal e me rendo

À calmaria de algum anjo adentro

Levando-me em tuas asas, defendo

O meu corpo será a morada, na foz do tempo

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 13/11/2014
Reeditado em 13/11/2014
Código do texto: T5033674
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