Destino
A ira me consome na febre desse tempo
À noite, onde a lua paira sobre mim
E tento atravessá-la nesse novembro
Atenta na fugacidade de luz nanquim
Ateio-me ao fogo, viro Joana D'Arc
Num íntimo desespero, num átimo
E sigo nua em pelo, ressalvo dark
E canto o gótico, e grito lenta, num ínfimo
E vicejo a tua sorte, que vás! Que ames!
E que não lampeje o trovão, santa Bárbara!
Que o véu sacro, limpe o seu céu, ande!
E se chover, que me molhe, me lave _ ave rara_
E teimo enlouquecida, nessas águas
Contraio o espelho e sigo na sorte
De escorrer meus horizontes, ao pé da Iara
Que já nem sei onde encontro o consorte
Então guardo o meu punhal e me rendo
À calmaria de algum anjo adentro
Levando-me em tuas asas, defendo
O meu corpo será a morada, na foz do tempo