Tudo igual
Todo poeta é igual.
Na madrugada, caminha
com círios vermelhos e
gargalha para esquecer
a própria loucura.
Apaga estrelas, desata os nós
feitos de nuvens e lágrimas.
Quando ama, chora.
Quando não ama, cala.
Descreve a chama acesa,
desdenha do poema inspirado
no eterno amor.
Sonha, acorda.
Borda o tempo
com fios de vento
e lágrimas.