Uma noite qualquer de outubro

São incertos os instantes? O agora?

É a penumbra dos ventos do outono.

Meu olhar sobre os montes se demora.

Não, não é ao infinito. É ao seu dono.

Um pássaro canta ao longe.

Talvez um segredo maravilhoso

que só ele e Deus conhecem.

Só Ele sabe onde é o seu pouso.

Na hora em que um olhar reflete

o brilho de uma estrela no horizonte,

onde está o que perece,

se o infinito em nós é sempre fonte?