Fugir de...

No âmago

de minha mente

havia pássaros,

que me desabitaram total-mente,

quando alçaram voo

todos ao mesmo tempo

e foram pousar

muito mais que além

daqueles horizontes.

As ilhas

presentes em sonho –

pontilhando de esperanças

meus pensamentos

de utopia –

anseiam por minha (v)ida

em corpus, em carne viva,

para aquelas plagas

acolá, para perto

daqueles in-críveis arco-íris

pincelados no etéreo éter

de

seu

imaginário

e mudo mundo, pois

as letras

em teu último postal

mixaram-se

e partiram

para longe

de minha íris,

transformadas

em línguas de fogo

ardentemente queimando-me

as ideias,

que buscam

os mais remotos e inóspitos

quadrantes estelares,

para ali, final-mente,

poder decidir

para onde nova-mente

fugir de tudo...

(ou de nada...)