Estrelas Cadentes
Estrelas cadentes;
Agitadas e pungentes;
Mestras reluzentes;
Eternas viajantes...
Não lhes adianta gritar;
No silêncio cósmico;
Importa somente brilhar;
Jamais no universo se impõe o juízo crítico...
Enquanto a sua existência prevalece;
Vagueiam com vontade;
Num intuito que enaltece;
O primado da verdade...
De que vale ser insolente;
E mentir no vazio;
Quando o encanto prevalece;
No imprevisto desvio...
Estrelas cadentes;
Com elegante locomoção;
Pedem respostas urgentes;
Procuram as chaves mestras da criação...
Deixando rastos coloridos;
Em mantos verosímeis;
Através dos quais nós terráqueos curiosos;
Nos deleitamos com os seus trajetos infalíveis...
Nos périplos desafiantes;
A ambição é um inimigo;
Por vezes as metas triunfantes;
Trazem um buraco negro consigo...
O relógio não dispara no olimpo;
Onde a luz suplanta o tempo;
Face a esta dinâmica, tudo o que sinto;
É uma humilde vontade de perecer ao vento...