Onde nasce o amor

No encontro dos seixos,

corta o vento, folhas e

fios de nuvens.

Duendes regam flores,

separam os peixes

nos rios quase mortos.

Sonham as fadas.

desaceleram as horas

na manhã das máquinas.

Círios iluminam ossos

de amores sem laços.

Um chamamento:

o sol desmolha

fios de lágrimas.

Um polimento:

leitura de poemas

longe das páginas

jogadas na lama.

Um merecimento.

folhas e flâmulas,

no espaço onde nasce

o amor.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 24/09/2014
Reeditado em 04/10/2014
Código do texto: T4974979
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