Osmoticamente subversiva

Escrevo nada e falo tão pouco

Assito tudo ao meu redor

Sabendo-se que nada é o nada

E que o encanto às vezes tem dó

Falei de espantos? Nem de assombros.

Encarnei as miríades mas nunca as contei

Fechei os meus olhos e as senti

E consenti até que algumas palavras falassem por mim.

Escrevo tão pouco e nada falo

Talvez acenda um cigarro, mas nunca fumei

Talvez deite-me nesse assoalho...

As coisas têm o seu lugar

Outras são eternas nas prateleiras...

E tudo continua.

Escrevo pouco. E falo pouco

E assisto tudo no mesmo lugar.

Balinha de Limão
Enviado por Balinha de Limão em 23/09/2014
Código do texto: T4973149
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