MOMENTOS
Momentos
em que a vida passa pela janela.
E não há como detê-la.
O que fazer para reter
um raio de lua sobre os cabelos,
as estrelas nos olhos,
nosso poema de amor insólito,
a rosa que se aninha entre os dedos
como um pássaro
recém acordando o dia
para nele voar sem medo?
Não há como deter a vida
que passa correndo
com sua aurora de tranças,
que, brincando com nossos segredos,
incólume, sempre avança
sobre nosso corpo e sem medida,
vai ali jogando amor, dor,
esperança,
chegadas, partidas.
Não há como deter as folhas
densas de nossas frontes
que já caíram de nossas árvores
quando era muito cedo
ou quando era muito tarde
mas que tornaram mais claro
nosso espaço para olhar o sol,
e o horizonte.
(*) reedição, 2008
imagem: Super beautiful photos (fb)
Momentos
em que a vida passa pela janela.
E não há como detê-la.
O que fazer para reter
um raio de lua sobre os cabelos,
as estrelas nos olhos,
nosso poema de amor insólito,
a rosa que se aninha entre os dedos
como um pássaro
recém acordando o dia
para nele voar sem medo?
Não há como deter a vida
que passa correndo
com sua aurora de tranças,
que, brincando com nossos segredos,
incólume, sempre avança
sobre nosso corpo e sem medida,
vai ali jogando amor, dor,
esperança,
chegadas, partidas.
Não há como deter as folhas
densas de nossas frontes
que já caíram de nossas árvores
quando era muito cedo
ou quando era muito tarde
mas que tornaram mais claro
nosso espaço para olhar o sol,
e o horizonte.
(*) reedição, 2008
imagem: Super beautiful photos (fb)