Elegia a um Suspiro
O dia agudo
é asa de um artrópode.
O busto, o verme seco, a letargia,
guardados agora no bolso,
se esvaem na mecânica do espanto.
Além do corte: leitura
platônica ou maligna do inseto
pousando assim no gelo literal,
Sujava a posição do firmamento.
Pois que, no estudo, isto é tudo.
Mesmo sendo inseto mudo
interrompeu bocejo repentino
do ser sentado às horas,
companhia do vórtice esverdeado
da visão.
Fugia à toda conclusão
e ao berro da paisagem
que era a córnea
um túnel de espectros.
E era ,
sidéreo,
gemendo
como um cão roendo as presas,
O ser colérico ou estado arcaico
na puberdade das entranhas.
Há que ver o contento batizado
no par ligeiro das aladas formas.
sobre o ar, campesinado, um homem líquido
vacila em iminentes possessões,
encontra nele mesmo e não explica
o berço de um misterioso
cobre,
que julga toda a base, primitiva,
e ar: atmosfera vagamente alegre.
Oh! O que verde e maciez sustentariam...
no bolso, resguardados,
semoventes,
exatos rastros de calcário.
O dia agudo espalha riso anêmico,
lapida um tártaro
imenso, o nascimento do riso,
placenta do vento.
Estava o Corpo em lâmina dormente,
E ria como estava,
suspirante.