P DOMINANTE

Num pardieiro pardo perderei o medo da solidão

Por sobre as paredes prenderei as peças preferidas

Passarei pano no plano, para em seguida pensar

Poderei pedir uma panqueca pelo “telephone”

Parasitando pelas poucas portas pintadas de preto

Passearei pelo pavimento, pelo parque, pela ponte

Hora da pausa de pagar uma porção de polenta

Um pelotão de pedestres passam com pressa

Paqueras, passatempo e piadas perfazem o clima

Pensativo me pego perplexo pelo perigo

Por prevenção procuro a passagem de volta

Por os pés na poltrona, porquanto é o que pretendo

Profundo preludio de um poema perdido.