Para sempre

Ah, eu digo,

que na flor da pele

tenho a primavera

em passo antigo...

E às vezes,

assim como uma criança,

dou um suspiro

e a esperança

em mim encontra abrigo.

E minhas fábulas

me serenam e me cintilam

para que os portais de minha alma

reflitam essa cor

do trigo...

Sou colhida pelas horas

à sombra dos ocasos.

Não tenho mistérios.

Cultivo estrelas nos vasos.

Quero que essas luzes

permaneçam eternamente

como versos dos céus

escritos em lírios dos campos,

com a letra de Deus,

para sempre....

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 19/05/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T493406
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