Sã consciência insana

Entre minhas verdades privadas
E as mentiras do mundo,
Assumo as minhas mentiras.
Chego fundo, mas confundo
Focinho de porco com tomada.

Ah se valessem minhas palavras
Ao exercitar algumas teses...
Eu não me cansaria, não seria breve.
Eu seria eterno criando
Pensamentos com verbos,
Explícitos, se soltando afora.

Eu prefiro ser a estar.
Mas são tantos estados instáveis
A serem passageiros e turistas.
Sempre tornam,
Sempre fazem-me acreditar
Nas mentiras do mundo.
Sempre memoram,
Sempre fazem-me confrontar
Com as verdades que não sei ainda.

Mas eu sei que sou... Só sou alguém,
De verdade, querendo estar bem
Entre tudo que seja digno
De dispender sagrada energia.
Eu sou a torre, a ponte e o vigia
Da minha sã consciência insana.
Dia e noite, Noite e dia.


08/8/14
EuMarcelo
Enviado por EuMarcelo em 10/08/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4917613
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