Fronteiras
A ténue fronteira entre a vida e a morte,
A linha imaginária entre a luz e a sombra,
A bela e o monstro que vingam em nós,
A dicotomia dos ensejos bipolares sentidos,
A força incerta descabida de razão dúbia,
E a fraqueza da probabilidade incauta.
A ténue fronteira que nos separa a todos,
Uns dos outros indistintamente insanos,
As cores do arco-íris desligadas na palidez,
Dos corações quebrados em pétalas de rosa,
Que voam ressequidas pelo vento separadas,
Perdidas na fronteira vasta da voraz inquietude.
A amarga fronteira do não saber amar nunca,
Melancolicamente velado em leito de girassóis,
Frisando concomitantemente exacerbada dor,
Deliberada assaz e vilipendiada que me consome,
Perniciosa a fronteira que me esconde dissabores,
A frecha por onde entrei estando já de saída.
Lx, 15-9-2013