TERRA DE OURO RELUZENTE
 
Tantas luzes no anoitecer dos sonhos,
E na alvorada dos dias muitas bênçãos,
Estrelas acendem em mim lampejos
De dias vividos entre nós como irmãos.
 
Adormeci lembranças que acalentei,
No transbordar do olhar gotas derramei,
Que estática fixo ao longe fico a olhar...
Como voltasse os dias num relampejar.
 
Um dia, não sei, na breve eternidade,
Daquele instante que não é desejado,
Quando os olhos fecharem-se em idade,
Semblante caído, tom de mal grado.
 
Esse dia é certo não se sabe quando,
Ele nos ronda sempre tão por perto,
O véu do mistério meus olhos cerrado.
Você derradeiro, ou eu vou primeiro.
 
Aqui, talvez uma névoa nos impeça.
Na celeste alvorada em brado festim,
Ver-nos-emos em corpo etéreo é herança,
Querido bardo entre as flores de jasmim.
 
Que te anteceda eu, é certo floresceres lá.
Se as lágrimas eu derramar em saudades aqui,
Que me aguardes... Lá, na Terra de Havilá.
 
 
Autoria: MargarethDSL
18:09 – 12-07-2014