HUMANAMENTE  (*)


Digno Pastor destes rebanhos,
que é feito de Vossa Voz sobre os campos
outrora surpreendidos pelas mãos dos homens?
Que é feito da Tua autoridade solar sobre as flores,
sobre as sementes, a despeito do orgulho silencioso
dos corações?
O Teu serviço direciona o curso dos rios
e fomenta os jardins ao sol.
O Teu serviço é a história do salto da vida
sobre o abismo das impossibilidades.
 
Que amargor, Digno Pastor dos Rebanhos
diante das profundas águas dos olhos
de homens e animais
quando a esperança se rasga
como a Palavra que proferiste há 2000 anos
e é ateada a lama do amor morto.
 
Caixeira-viajante do espírito,
balbucio Teu velho nome
do fundo desta colina
e quero ir ter Contigo,
onde assentaria minha alma a Teus pés
e me ensinarias a alegria
(que nunca pude compreender).


(*) republicação
 
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 06/07/2014
Reeditado em 06/07/2014
Código do texto: T4872015
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