CATEDRAL
Nesta catedral
Quando bate o sol
Toda tarde minha alma arde
E eu transformo essa energia
Em poesia
Toda tarde nesta catedral
A copa das árvores balançam
E dançam, um sinuoso balé tribal
As folhas secas no chão, me lembram
O solo seco, sertão
O sino por vezes toca e a cada nota
Vibram às cordas do meu coração
As pedras seculares, o leito do rio escorre com graça
Mais além a densa mata e sinais de fumaça
Um transeunte que passa, o sol começa a se por
O vento me faz o favor de trazer ao menos seu cheiro
Aquele cheiro brejeiro que tanto me encantou
Nesta catedral às tardes e o pomar
O vento e os meus ais
Não cansam de me avisar poeta ela não volta mais