DESESPERO
Deixe a noite entrar
Janela a dentro
Passo a passo
Tempo a tempo
No vazio profundo.
No teu sofrimento...
Deixe o frio
Subir tuas pernas
Galgar tuas terras
Enlouquecer-te um pouco mais.
A cada raso dia
Preenche-lo de uma triste agonia.
Deixa a morte vir
Tocar na pele
A lâmina fria
E na solidão de toda uma vida
Esvair-se em vermelho vivo - morto.