Depositar as ausências em vidros lacrados
E as pedras do caminho em algum lugar.
Flutuar o pensamento por plácidos mares
Num espelho nunca dantes navegado.
Hastear as bandeiras d'esperança e içar velas
em oceanos distantes.
Naufragar na negra madrugada
e despertar entre o medo, o vento e o instante.
Baixar as âncoras e fundear a nau
entre algas e arrecifes de corais.
E entre o perigo, recolher sonhos e minerais
dos náufragos das histórias de alto mar.
Chorar pelo óleo derramado
entre baleias a expirar.
Dedicar a vida às ondas
No ancestral ofício de navegar.
E no entardecer recolher as âncoras
e dobrar as velas ao aportar.
Contar histórias de paixões
das mil e uma noites em alto mar.
Adormecer os sonhos e voltar à terra
em uma ultima viagem , ao além-mar.
Inscrever sua marca nas pedras e, por fim,
à imensidão das águas , voltar.
Marcia Tigani
E as pedras do caminho em algum lugar.
Flutuar o pensamento por plácidos mares
Num espelho nunca dantes navegado.
Hastear as bandeiras d'esperança e içar velas
em oceanos distantes.
Naufragar na negra madrugada
e despertar entre o medo, o vento e o instante.
Baixar as âncoras e fundear a nau
entre algas e arrecifes de corais.
E entre o perigo, recolher sonhos e minerais
dos náufragos das histórias de alto mar.
Chorar pelo óleo derramado
entre baleias a expirar.
Dedicar a vida às ondas
No ancestral ofício de navegar.
E no entardecer recolher as âncoras
e dobrar as velas ao aportar.
Contar histórias de paixões
das mil e uma noites em alto mar.
Adormecer os sonhos e voltar à terra
em uma ultima viagem , ao além-mar.
Inscrever sua marca nas pedras e, por fim,
à imensidão das águas , voltar.
Marcia Tigani